quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Sobre a Inveja

Eu invejo o que não tenho.
Mas nem tudo, só o que considero especial.
Único.
Ímpar.
Invejo o talento de escritores como Rubem Fonseca ou Gabriel Garcia Marquez.
Invejo a visão de diretores como Martin Scorsese ou Stanley Kubrick.
Invejo a criatividade de roteiristas como Charlie Kaufmann ou Quentin Tarantino.
Invejo a sensibilidade de atores como Robert de Niro ou Marlon Brando.
Invejo a emoção de cantoras como Elis Regina ou Ella Fitzgerald.
Invejo o bom humor de comediantes como Chico Anysio ou os ingleses do Monthy Pyton.
Invejo a beleza de galãs como Gianechinni ou Brad Pitt.
Invejo a habilidade de empresários como Silvio Santos ou Steve Jobs.
Invejo a sabedoria de mentes iluminadas como Ghandi ou Madre Teresa.
Invejo a poesia de privilegiados como Carlos Drummond de Andrade ou Pablo Neruda.
Invejo a malandragem de Chaplin ou Zeca Pagodinho.
Invejo a musicalidade de Mozart ou Tom Jobim.
Sempre as habilidades, não as pessoas.
Ou ao menos era assim.
Hoje em dia, no entanto, sinto inveja de uma pessoa.
A que tem para si o coração daquela que é a razão do meu afeto.
Como diria a canção: se ela tivesse asas, voaria.
Quem sabe, um dia.